quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pra Minha Gatinha

Eu tava quase desistindo de fazer esse poste, mas vou fazer... Hoje é dia 25 de Novembro de 2009. E dai? E dai que hoje faz um ano e 5 meses de namoro com minha espetacular, maravilhosa, estupenda e tudo de bom Lua, minha gatinha. Ai assim, como já tava querendo colocar alguma coisa em omenagem a ela por me ajudar a fazer o blog, por fazer o layout e por mentir dizendo que eu tó escrevendo legal resolvi postar um testinho que fiz quando agente começou a namorar.... a (foi um ano e cinco meses que disse né?), um ano e cinco meses.
OBS: Se você achou essa introdução, melosa, chata e piegas nem leia o texto. É uma melação só.

Tava tudo escuro, ou eu estava cego sei lá... procurava tesouros que não me pertenciam e que não me fariam feliz, eram só ilusões e confusões, ouro de tolo que estavam enterrados em cavernas escuras e cheia de perigos. De repente num campo aberto cheio de flores e águas limpas, onde seria mais improvável que um tesouro fosse escondido eis que brilha no céu uma luz enriquecedora, um tesouro magnífico que a principio me parecia inalcançável, mas me dei conta que não era preciso agarrá-lo com furor, que a sua luz chegando a mim me levaria até ele, só era preciso saber sentir essa luz e cuidar para que ela não se afastasse de mim e cada vez mais essa luz me arrebatou e me envolveu e agora que tenho esse tesouro, ou agora que esse tesouro me tem, sei lá, agora não procuro mais tesouros porque já estou rico. Porque a Lua iluminou minha noite escura e brilha agora durante o meu dia!!!!


TE AMO LU!!!

PS: Qualquer erro relevem pois eu tó escrevendo com maior presa antes que dê meia noite e a data mude.

Sobre Educação

Sopa de letrinhas

É, fizeram uma sopa de letrinhas, colocaram alguns números também, definiram, previamente, todos os nutrientes que a sopa precisava ter para ser indispensável para alimentação. Ate chamaram algum chefe francês, de algum lugar da região de Sorbone para dar um tempero especial, mas nem tão habilidoso cozinheiro teve a capacidade de tirar o gosto artificial que a sopa tinha.

Mas mesmo sem sabor, mesmo assim, sem nenhum sabor, encheram uma colher de sopa de letrinhas e enfiaram na garganta do menino, ele ate que resistiu, usaram então um funil. A final, era indispensável para sua nutrição e crescimento. “Todos os métodos são validos para alimentar bem a criança afinal, e ele tá fazendo birra, não quer comer a sopa por pura rebeldia, ele nem sabe do que gosta mesmo”.

Não sabiam tão ilustres engenheiros de alimento que o menino tinha uma pequena horta no quintal de casa. Ele plantava ali de tudo um pouco e como sabia cozinhar esse menino, talvez com um pouco de ajuda ele pudesse na sua hortinha cultivar todo nutriente que necessitava realmente. Mas como sua barriga estava sempre cheia de sopa ele foi largando a sua plantação de lado, deixou de plantar, deixou de colher, esqueceu como cozinhar, e se acostumou com a sopa. Continuava não gostando, mas agora também servia a outros se esquecendo de como era indigesta.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Desilusão Poética

Seguinte, De vez em quando eu dou a doida, pego um lápis e papel e escrevo uns devaneios. Não me preocupo com métrica, forma ou rimas, só escrevo,na maioria das vezes em poesia (se é que da pra chamar de poesia). Mas enfim, sempre que vocês virem "Desilusão poética" num título de poste por aqui já fique sabendo que vem algo do tipo, e se concordarem comigo que não sou muito bom nisso, podem pular sem perder seu tempo lendo. Pois então ai vai a primeira Desilusão pra você fazer seu juízo de valor e decidir se vai querer ler os próximos.

Silencioso

Neste barulho silencioso
Do mundo que nunca para
Motores, buzinas e gritos
Se misturam sem distinção
Falam de mais
Porém não dizem nada

Silencio de vozes que me atormentam os ouvidos
Mas não me acrescentam nenhuma palavra
Que gritam opiniões que não têm
E tentam me convencer de sua verdade
O pior que por vezes acredito
E sigo proliferando os gritos
Destas minhas verdades alheias

Neste barulho silencioso
Fico sozinho na multidão
E são tantas bocas, e maquinas que falam
Que é comum se confundir
Dizer que o errado é certo
E sobre o certo não dizer nada

Se abster

E nada mais pra mim é certo
a não ser, paradoxalmente, a duvida
E de tanto duvidar, duvido
Que de tudo se possa duvidar
E que nesse barulho silencioso
Nenhuma verdade há.

domingo, 22 de novembro de 2009

Historia da infancia

Como falei no post inicial, meu avô costumava contar histórias em forma de cordel, muitas vezes contadas. Vai ai pra vocês o que eu mais de gostava de ouvir. Não é muuuito pequeno mais vale muuuuito a pena.

Há, eu queria colocar uma imagenzinha aqui pra ilustrar e enfeitar mais ainda não sei fazer isso, então fica para os próximos posts...



A Intriga do Cachorro com o Gato

Autor: J. Ferreira da Silva


A intriga é mãe da raiva
O mau pensamento é pai
Da casa da malquerença
O desmantelo não sai
Enquanto a intriga rende
A revolução não cai.

Quando cachorro falava
Gato falava também
Gato tinha uma bodega
Como hoje os homens têm
Onde vendia cachaça
Encostado ao armazém.

Com a balança armada
Para comprar cereais
E na bodega vendia
Bacalhau, açúcar e gás
Bolacha, café, manteiga
Miudezas e tudo mais.

Quando no tempo de safra
Comprava mercadoria
Chegada no armazém
Que todo bicho trazia
Vou dizer pela metade
Esta grande freguesia.

O peru vendia milho
O porco feijão e farinha
Com um cacho de banana
Mais tarde o macaco vinha
Raposa também trazia
Um garajau de galinha.

Carneiro passava a noite
Junto com sua irmã
Descaroçando algodão
E quando era de manhã
Para o armazém do gato
Botava sacos de lã.

Guariba vendia escova
Que fazia do bigode
Urubu vendia goma
Porque tem de lavra e pode
A onça suçuarana
vendia couro de bode.

Então todo bicho tinha
No armazém seu contrato
Porém vamos deixar isto
Para tratar de outro fato
Relativo à intriga
Do cachorro com o gato.

Rei leão mandou cachorro
Efetuar uma prisão
O cachorro passando
Na venda do gato então
Pediu para beber fiado
E o gato disse: pois não.

Subiu na pratileira
Uma garrafa desceu
Um cruzado de cachaça
O cachorro ali bebeu
Botou fumo no cachimbo
Pediu fogo e acendeu.

E disse compadre gato
Eu vou prender o preá
Porque carregou a filha
Do coronel cangambá
E mesmo já deve a honra
Da filha do seu guará.

E tornou dizer compadre
Bota mais uma bicada
Eu só sei prender valente
Depois da gata esporada
O gato sorriu e disse:
Esta não lhe custa nada.

O gato bebeu também
O cachorro repetiu
Botou o copo na banca
Saiu na porta e cuspiu
O gato puxou um lenço
Limpou a barba e tossiu.

Embebedaram-se os dois
Garrafas secaram 3
Cachorro fez um discurso
Falava em língua inglês
Gato embolava no chão
Também falando francês.
A gata mulher do gato
Saiu do quarto veio cá
E disse muito zangada
Vocês dois procedem mal
O gato disse: mulher
Da porta do meio pra lá.

O gato ficou deitado
O cachorro foi embora
Ouviram dizer: ô de casa
A gata disse: ô de fora
E quem é respondeu raposa
Sou eu que cheguei agora.

Disseram entre comadre
O gato levantou-se
Sentou-se numa cadeira
Esposa também sentou-se
Ele contou à raposa
De que forma embebedou-se.

A raposa disse: compadre
Você não pensou direito
Bebendo com o cachorro
Um safado sem respeito
Se seus amigos souberem
O senhor perde o conceito.

Beba com os seus amigos
Seu irmão maracajá
O tenente porco-espinho
E o capitão guará
Major porco e doutor burro
E o coronel cangambá.

Eu também gosto da troça
Bebo, danço e digo loas
Mas com gente igual a mim
Civilizadas e boas
Que não vou andar com gente
De qualidade à-toa.

Só me dou com gente boa
Como compadre urubu
Dona ticaca de souza
E dona surucucu
A professora jibóia
E o meu primo timbu.

Você é conceituado
Da roda palaciana
Cachorro vive na rua
Tanto furta como engana
Com o baralho no bolso
Jogando e bebendo cana.
E ele compra fiado
Porque quer mas ele tem
Uma muchila de níquel
Que por detrás se vê bem
Pindurada balançando
Porque não paga a ninguém.

O gato se pôs em pé
Perguntou admirado
Comadre, isto é verdade?
Ele me deve um cruzado
Eu não dei fé na muchila
Por isto vendi fiado.

Porém eu vou atrás dele
Daquele cabra estradeiro
Dou-lhe um bote na muchila
Arranco e tiro o dinheiro
Sendo eu disse a raposa
Passava o granadeiro.

O gato se preparou
Amarrou o cinturão
Correu as balas no rifle
Passou lixa no facão
Botou um quarto e bebeu
De aguardente com limão.

Chegou lá disse ao cachorro:
É triste o nosso progresso
Você paga o meu cruzado
Ou quer que eu pague um processo
Cachorro afastou o pé
E lhe disse eu não converso.

Ali deu um tiro e disse:
É assim que eu despacho
Porém o gato abaixou-se
Passou-lhe o rifle por baixo
Deu-lhe uma balada certa
Que quase derruba o cacho.

O cachorro que também
Tem pontaria fiel
Tornou passar a pistola
A bala deu um revel
Cortou-lhe o rabo no tronco
Que descobriu o anel.

Depois que trocaram tiros
Divertiram no punhal
Pulava o gato de costas
E dava salto mortal
Cachorro por sua vez
Também traquejava igual.

E ali trancou-se o tempo
Na porta do barracão
Da baronesa preguiça
Comadre do rei leão
E ela telegrafou
Pedindo paz na questão.

O leão passou depressa
Um telegrama pra trás
Minha comadre alevante
A bandeira e grite paz
Ela não tinha bandeira
Levantou a macaxeira
E ali ninguém brigou mais.

Inicial

Bom, a primeira pergunta que você deve estar se fazendo ao entrar nesse blog (se é que alguém além de minha namorada vai ver esse blog) deve ser: quem é esse tal de Miguel de quem esse cara é neto? Bom, de novo. É uma resposta bem simples pra mim: "É meu avô!" hehe. Tá, piadinha infame pra sentirem que as coisas aqui não vão ser levadas muito a sério. Inclusive, ou especialmente, as coisas sérias.


Esse blog teve vários nomes recusados, e todos tinham a ver com trovas. Pois é, esse tal de Miguel aí é hoje um velhinho nordestino e que sempre gostou muito de literatura de cordel. Eu adorava a maneira cantada com que ele contava histórias para mim e meus primos e há pouco tempo toda a família começou um costume de trocar emails rimados, em trova, sobre os mais diversos assuntos. Isso me deu a idéia de escrever aqui, escrever um blog.

Então, vou escrever trovas por aqui. Porém minhas trovas nem sempre virão em verso. Não vou seguir essa regra, na verdade pretendo quebrar varias regras com relação a muita coisa (mas deixa isso pra depois). O importante é dizer que aqui vai ter o máximo de variedade que eu conseguir, do mais puro e clássico besteirol, ate coisas mais chatinhas, científicas e tal.

Mas é isso aí, vocês vão entendendo aos poucos assim que eu for realmente sabendo do que se trata isso aqui. Fique à vontade!!!