terça-feira, 19 de agosto de 2014

Coisa escrita a lápis

Numa página quase qualquer
De um livro especial
Não terminado, inacabado
Cheio de coisa ainda pra dizer

Digo agora que o poema feito
Não quero ter decorado
Por medo de perder a poesia
na repetição ou no enfeite

Quero poetizar cada leitura
Do poema que é o mesmo
Mas que se perde na beleza
Do momento ou dos olhos


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Paraísos pessoais

Meu paraíso sou eu
Teu paraíso sou eu
Meu paraíso é teu
Tão teu o meu
paraíso eu

sábado, 3 de maio de 2014

Travesseiro

Tem gente por ai Comprando tv, carro, computador, impressora colorida pra ter desenho desanimado Eu quero uma máquina de sonhos,
uma escova e uma pasta Pra fazer sorrisos brancos

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Chôro engolido

A lágrima se prende desesperadamente
aos cílios compridos,
pra evitar correr o rosto.
Com medo do olhar repreensivo
dos olhos que ela mesma cega
e de salgar a boca
que fala das doçuras.
Das mesmas doçuras
que a falta faz
a lágrima querer escorrer.


domingo, 16 de março de 2014

Inocência ganhada!

 (Para Paola Vitali)


Onde está a lua Maria?

Ela olhou até achar a lua
Que já cheia
Não aceitaria o pedaço de carne
Já oferecida para o papai
para a mamãe
e para as irmanzinhas

Mas a lua estava cheia
e não aceitou o pedaço
ficou só com o carinho

Daqui uns dias a lua
vai te sorrir, Maria
Um sorriso crescente
Dizendo obrigado!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Em PAR não SERIA. É!

Essa semana descobri que uma querida colega tem o dom de transformar traços em poesia. Ou seja, sabe desenhar muito bem! Então, me veio a ideia, que na verdade nem é tão original assim, de propor que ela ilustrasse alguns de meus poemas. Eis então o primeiro resultado dessa nova experiência. Com vocês a versão de Platônico do lápis e borracha de Julia Ferraz!


PS. Esse poema também foi musicado a algum tempo pelo meu grande amigo Marcos Regis. Ele ficou de procurar a gravaçãozinha tosca que fizemos. Caso seja encontrada posto por aqui pra que todas as formas essa poesia seja desvelada!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

poeminha bobo, de rima pobre, feito sem querer

Esse pedaço de mim que é você
Eu espero não perder
E sei que pode demorar um pouco ainda
pra podermos voltar a ter um contato maior
mas nunca vou esquecer
o que aprendi com você